Ele diz que, em algumas situações, as pessoas com autismo têm vantagens sobre as pessoas comuns. Ele argumenta: “Os dados recentes e minha própria experiência pessoal sugerem que é hora de começar a pensar no autismo como uma vantagem, em certos aspectos, e não como uma cruz para carregar ou um defeito para corrigir”.
Exemplos
Por exemplo, quando os pesquisadores percebem que a ativação em regiões do cérebro das pessoas autistas é diferente do cérebro de pessoas comuns, classificam essas diferenças como déficits, ao invés de simplesmente evidências, às vezes bem sucedidas, de organização do cérebro. A ideia do Dr. Laurent Mottron não é minimizar os desafios do autismo. “Um em cada 10 autistas não consegue falar, 9 em cada 10 não têm emprego regular e 4 em cada 5 adultos autistas ainda são dependentes de seus pais”, ele lembra.
Participação
Autistas podem fazer contribuições significativas para a sociedade quando inseridas no ambiente certo. O das pesquisas é um deles. Vários autistas trabalham no laboratório de Mottron, e uma delas em particular, Michelle Dawson, já fez grandes contribuições para a compreensão da doença através do seu trabalho e discernimento. Pessoas autistas têm, frequentemente, memórias excepcionais e podem se lembrar de informações que leram semanas atrás.
Elas também são menos propensas a lembrar erroneamente de algo, o que é excelente num laboratório de ciência. Michelle, por exemplo, pode recordar instantaneamente os métodos usados para estudar a percepção do autismo quando precisa.
Conclusão
A deficiência intelectual é super-estimada nas pessoas com autismo, porque os pesquisadores utilizam testes inadequados. Elas são na verdade muito inteligentes. Compreender os pontos fortes do problema é importante para dar apoio àqueles com a doença. Qualquer intervenção deve visar os déficits, mas tirar vantagens sempre dos pontos fortes.
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